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É o tratamento que utiliza radiação ionizante que promove alteração no material genético das células tumorais e consequente destruição tumoral. As radiações ionizantes são ondas eletromagnéticas com energia suficiente para alterar a estrutura da matéria viva através da retirada de elétrons dos seus átomos. Esse processo pode levar à morte da célula devido às alterações em seu interior. Essas radiações são invisíveis, indolores e, dependendo da sua energia, atinge uma determinada profundidade do corpo.
A Radioterapia na Luthes é realizada em um aparelho moderno chamado Acelerador Linear de Elétrons. Fica localizado em uma sala especial que é monitorada por câmaras que possibilitam a visualização e a comunicação com o paciente durante sua sessão de tratamento. Esse equipamento é manipulado por técnicos especializados e experientes garantindo seu funcionamento adequado.
Após a avaliação médica, o paciente deverá realizar exames de imagem (Tomografias, Ressonância ou PET/CT) que possibilitarão o planejamento. Esses exames serão feitos na mesma posição do tratamento. Por isso, em alguns casos serão confeccionados moldes individuais para cada paciente. Eles assegurarão que o tratamento será realizado todos os dias na mesma posição. Após a aquisição das imagens, o médico Radio-oncologista e o Físico Médico definirão, com a ajuda do sistema de planejamento computadorizado, a área a ser irradiada e as estruturas sadias ao redor da lesão que deverão ser poupadas da radiação. Ao término desse processo, o tratamento poderá ser iniciado. Para melhor definição do posicionamento, poderão ser feitas marcas com caneta na pele do paciente. Essas marcas não devem ser retiradas no decorrer do tratamento, portanto evite esfregar o local no banho.
A Radioterapia será realizada de segunda à sexta feira, sequencialmente, ou seja, em dias consecutivos. Aproveite o sábado e domingo para descansar. Nos horário pré estabelecidos, o paciente será acompanhado pelo Técnico de Radioterapia até a sala do Acelerador Linear de Elétrons e deitará na maca do aparelho. Cada sessão de Radioterapia dura de 10 à 30 min. Durante o tratamento o paciente não sentirá qualquer desconforto ou dor. O aparelho se movimentará ao seu redor, mas não tocará no paciente. É importante estar calmo e relaxado(a) para não se movimentar durante a aplicação.
Não. É frequente a confusão entre queimadura e radiação. A vermelhidão na pele observada em alguns casos, chamada de radiodermite, é uma consequência da inflamação que a radioterapia causa na pele. Na maioria das vezes, a radiodermite produz sintomas leves como coceira no local e aumento da sensibilidade. É por isso que durante o tratamento, orientamos os pacientes para não expor o local ao sol. Para prevenir e tratar a radiodermite indicamos medicamentos locais na forma de pomadas ou cremes.
Não. A radioterapia é realizada em uma sala apropriada e protegida. Durante a sessão diária da radioterapia, que dura de 10 a 30 minutos, somente a área afetada do paciente fica exposta ao feixe de radiação. Finalizada a sessão, o paciente sai da sala sem qualquer radiação residual. O que permite uma convivência social normal.
Não. A radiação é invisível e indolor. Os efeitos da radioterapia ocorrem geralmente na área onde o feixe de radiação incide e em alguns casos podem se apresentar como um aumento da sensibilidade local.
Sim. Ocasionalmente a radioterapia provoca em algumas pacientes o chamado mal das radiações, manifestado como fraqueza, dor de cabeça, falta de apetite. Esses efeitos colaterais são mais comuns no início do tratamento e fazem com que o paciente fique um pouco mais cansado e debilitado. Na maioria das vezes são sintomas discretos. Nesses casos, orientamos que descanse e respeite os limites do seu corpo, mantendo alimentação regulada e balanceada com ingestão frequente de líquido.
Depende. Muitos pacientes são encaminhados à radioterapia após terem realizado uma cirurgia ou vários ciclos de quimioterapia. Isso promove um desgaste psicológico intenso somado à profunda fadiga física. Por sua vez, a radioterapia pode se estender por seis a sete semanas o que agrava esse quadro clínico. Por isso acreditamos, se as condições clínicas do paciente permitirem, que durante o tratamento, ele possa ser progressivamente reinserido na sua rotina diária.
Tanto os efeitos benéficos como os indesejados dependem da
dose utilizada e da área do corpo que está sendo tratada. É
possível, em muitas ocasiões, o paciente não ter qualquer
efeito colateral durante o tratamento ou apresentar apenas uma
reação passageira na pele por onde a radiação atravessou. Como
cada efeito colateral depende de cada caso, é muito importante
que o paciente seja orientado pelo médico quanto a esses
efeitos e como tratá-los ou amenizá-los. A Radioterapia, por
exemplo, não causa queda de cabelo, a não ser que a região da
cabeça seja tratada e, mesmo assim, vai depender da técnica e
da dose utilizada. Com os avanços tecnológicos obtidos nos
últimos anos, a radioterapia se tornou muito menos tóxica e
mais efetiva do que antigamente.
Fonte:
Sociedade Brasileira de Radioterapia
Orientações:
Orientações:
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Informe todo e qualquer problema ao médico assistente. Ele
pode sanar dúvidas, minimizar o medo e responder à qualquer
pergunta que possa vir a preocupar o paciente ou seus
familiares.
Lembre-se:
A radioterapia não é um fator limitante para o relacionamento interpessoal. Situações corriqueiras como participar de uma roda de conversa, jantar em família e passear em parques são estimulados, quando a condição clínica do paciente possibilita. A interação entre pacientes é saudável e contribui para a aceitação do diagnóstico e do seu tratamento. Entretanto é importante lembrar que existem vários tipos de câncer e, dentre eles, vários estágios, ou seja, aquele tipo de radioterapia que é válido para um paciente nem sempre é indicado para outro. O mesmo ocorre com o número de sessões e com a finalidade da radioterapia.